segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Volta às aulas - O meu filho corre perigo? - Parte 1


Esta pergunta é importante, porque de imediato pensamos em economia, afinal de contas, material escolar é uma lista que pesa bastante em nosso orçamento.

Na sequência temos a preocupação na qualidade de ensino, na roupa, na alimentação e no transporte.

Estes itens são importantes, mas não são os mais importantes. Ou melhor, entre eles, nenhum deles é o mais importante.

Infelizmente temos que abrir os nossos olhos à segurança de nossos filhos, de nossos adolescentes, daqueles que estão sob a nossa responsabilidade.

Jovens, atentem à esta matéria, pois com certeza vocês podem estar sendo vítimas, ou conheçam outros que estão sendo vítimas deste tipo de ocorrência, que podemos evitar, denunciar, e se proteger desse mal.

O objetivo deste Blog desde o início é orientar a sociedade a se proteger, não só de bandidos e delinquentes,  mas de vândalos que atrapalham o direito de ir e vir das pessoas, de seus semelhantes.

Traremos três matérias para que vocês pais e alunos, comecem o ano de cabeça erguida, sem serem ameaçados moralmente por outros.

E para estes que se utilizam destas armas, que são ameaçar, reprimir, rebaixar, e intimidar outros, saibam que vocês estão com os seus dias contados.



Fonte: DNT (Revisado por Grupo CMA Serviços)

Bullying e Cyberbullying


A expressão bullying vem do termo bullye que em tradução adaptada significa valentão. O bullying é a prática reiterada, intencional e sem qualquer motivo aparente por um indivíduo ou grupo de indivíduos de atos de violência tanto física quanto psicológica contra uma pessoa, que normalmente é mais nova e mais fraca do que o agressor, sendo que a intenção destes atos é de humilhar, ridicularizar ou constranger a vítima .


O que é o cyberbullying?



É a forma virtual de praticar Bullying. É uma modalidade que vem preocupando especialistas, pais e educadores, em todo o mundo, por seu efeito multiplicador do sofrimento das vítimas.


Na sua prática utilizam-se das modernas ferramentas da Internet e de outras tecnologias de informação e comunicação, móveis ou fixas, com o intuito de maltratar, humilhar e constranger. É uma forma de ataque perversa que extrapola em muito os muros da escola, ganhando dimensões incalculáveis.


Quais são as principais formas de agressão?


No bullying presencial, as formas mais típicas são as agressões psicológicas, como criação de apelidos pejorativos, boatos envolvendo a vítima e até mesmo seus parentes e também agressões físicas, como empurrões, puxões de cabelo. Há também casos de agressões contra bens materiais da vítima e também pequenos furtos.


No caso do cyberbullying, as agressões ocorrem de diversas maneiras, como por exemplo, através de e-mails, torpedos, Blogs, Fotoblogs, Orkut, Facebook, MSN,  nos quais de forma anônima, o autor insulta, espalha rumores e boatos cruéis sobre os colegas e seus familiares, até mesmo sobre os profissionais da escola.


Mensagens instantâneas são disparadas, via Internet ou celular, onde o autor se faz passar por outro, adotando nicknames semelhantes, para dizer coisas desagradáveis ou para disseminar intrigas e fofocas.


Blogs são criados para azucrinar e o Orkut e Facebook são utilizados para excluir e expor os colegas de forma vexatória.


Fotografias são tiradas, com ou sem o consentimento das vítimas, sendo alteradas, através de montagens constrangedoras, incluindo ofensas, piadinhas, comentários sexistas ou racistas. 

Essas imagens, muitas vezes, são divulgadas em sites, colocadas em newsgroups e até nas redes de serviços, ou divulgadas através de materiais impressos espalhadas nos corredores, banheiros, ou circulam entre os alunos, sem o conhecimento das vítimas.


Quando descobre, seu nome e imagem já estão em rede mundial, sendo muito difícil sair ilesa da situação.


Há casos em que a vítima tem o seu E-mail invadido pelo agressor, que se fazendo passar por ela, envia mensagens, com conteúdos difamatórios, com gravíssimas consequências para a vítima e seus familiares.


A participação em fóruns e livros de visitas também são estratégias utilizadas pelos praticantes, deixando mensagens negativas sobre o assunto em questão ou opinando de maneira inconveniente.


Votações são realizadas através de sites, para escolher ou eleger colegas com características estereotipadas.


Quais são as consequências destas formas de agressão para crianças e adolescentes?


Juridicamente as consequências são a responsabilização dos agressores e em certos casos também de seus pais e responsáveis pelos danos causados à vítima. É bom que se diga que  dependendo do caso o agressor também está sujeito a responder penalmente pelas consequências de seus atos.


Em relação às vítimas, além dos danos morais e emocionais sofridos, existe ainda o risco de que suas imagens, uma vez divulgadas em rede mundial, atraiam pessoas inescrupulosas e mal intencionadas do mundo real, que queiram se utilizar delas para fins escusos, como a pedofilia e a pornografia.


As vítimas sentem medo, raiva e vergonha, por serem traiçoeiramente agredidas, constrangidas e humilhadas.


Vivem um clima de instabilidade emocional, desconfiança e animosidade no convívio escolar, pois todos à sua volta tornam-se suspeitos. Normalmente sentem o rebaixamento da autoestima, queda do rendimento escolar, sintomas psicossomáticos diversificados e estresse. Em casos crônicos estimula o surgimento de doenças e transtornos psicológicos.



Outras não resistem ao constrangimento e mudam de escola. Em suma, as consequências são as mesmas das demais formas de vitimização Bullying, porém, o sentimento de impotência é maior, uma vez que o autor(s) é real e se esconde no mundo virtual para desferir seus golpes e invadir a sua privacidade.


Principais diferenças entre bullying e ciberbullying.


Uma das principais diferenças entre o bullying presencial e aquele praticado pelo meio eletrônico é que no primeiro existe a identificação do agressor, ou seja, a vítima sabe de quem partiu direta ou indiretamente as agressões. Já no mundo virtual, o agressor se esconde na falsa ideia de anonimato, criando nomes falsos, apelidos e se fazendo passar por outras pessoas.


Essa questão do anonimato traz uma segunda diferença entre o bullying presencial e o virtual. No bullying físico, normalmente o agressor é mais forte – mental ou fisicamente – que a vítima, sendo que no mundo eletrônico tal conclusão não existe, uma vez que qualquer pessoa pode cometer os atos de agressão online.


Como terceira diferença, citamos que no caso do cyberbullying as ações do agressor têm lugar através do meio eletrônico, o que faz com que não presencie de forma imediatamente tangível os resultados das suas ações na vítima.


Desta forma, o agressor não vê de imediato o mal que causou, ou seja, as consequências dos seus atos, o que minimiza quaisquer eventuais sentimentos de arrependimento, remorso ou empatia para com a vítima que pudesse vir a sentir em resultado dessa constatação. Esta realidade cria, assim, uma situação em que as pessoas podem fazer e dizer coisas na Internet que seriam muito menos propensas a dizer ou fazer presencialmente.


E por fim, mas não menos importante, a grande diferença entre o bullying tradicional e o cyberbullying é o efeito potencializador do meio eletrônico, ou seja, as informações publicados online estão disponíveis ao mundo todo, não sendo possível qualquer tipo de controle absoluto sobre elas.


Enquanto a casa constitui geralmente um refúgio onde a vítima de bullying está geralmente a salvo das ações do agressor, tal não acontece com o cyberbullying, onde até em casa a vítima não está a salvo de agressões, seja ao abrir uma mensagem de correio eletrônico, de Instant Messaging, ao receber um SMS, ao consultar um fórum ou uma simples página em sites de relacionamento eletrônico.


Tais conclusões demonstram o quão danoso e grave é o cyberbullying.


Como se defender e evitar tais atitudes? 


Primeiramente vale destacar a importância de prever situações antes que elas ocorram, e isto é um trabalho que deve ser feito tanto pelas escolas e instituições de ensino e principalmente pelos pais, que devem orientar seus filhos no sentido de conscientizá-los e educá-los sobre o uso ético, correto e responsável das novas tecnologias e meios de comunicação. 

É importante que sejam detalhados os limites do uso da tecnologia, bem como as consequências das condutas praticadas pelo meio eletrônico.


Neste ponto, o grande problema é que nem sempre os próprios pais sabem como orientar os filhos, uma vez que desconhecem as novidades tecnológicas e suas múltiplas possibilidades de uso. Desta forma, é importante que os pais e educadores busquem auxílio especializado para que possam educar corretamente seus filhos e alunos.


Por outro lado é bom destacar que constatada qualquer situação de abuso ou de agressão, os pais e as próprias vítimas devem denunciar tal problema e buscar auxílio especializado. O fato da maioria das pessoas não tomar qualquer atitude para reprimir este tipo de situação acaba por aumentar a impunidade dos agressores, resultando também diretamente no aumento do número de casos.


Em diversas capitais já existem delegacias de polícia especializada no combate a crimes de informática. 


Em determinados casos, dependendo das agressões vivenciadas, é importante também que a vítima receba tratamento médico especializado.






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