quarta-feira, 13 de março de 2013

Mulher - Aprenda da Defesa Pessoal

Nós não incentivamos em hipótese nenhuma reagir à um assalto com um marginal armado.
 
O que estamos orientando aqui é a defesa contra um agressor que pode ser um marido violento, um namorado ciumento, um oportunista dominador, uma tentativa de estupro ou até um filho sob efeito de drogas.
 
Você precisa ter certeza de estar com a situação totalmente sob controle em sua mente e que durante a sua reação nada sairá do planejado antes de esboçar qualquer reação.
 
Boa leitura.
 
 
Defesa Pessoal para Mulheres
Ricardo Nakayama
“Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
Definição:
Defesa Pessoal são todas as técnicas de reação utilizadas para preservar a integridade física e emocional própria e de terceiros.
A melhor defesa pessoal se baseia na prevenção, evitando chegar a condição de vítima através do conhecimento dos riscos e adoção de procedimentos de segurança pessoal que dificultem uma ação violenta por parte do agressor.
Existem diversas modalidades de artes marciais que dizem ensinar defesa pessoal. Na maioria dos casos as técnicas só funcionam contra um oponente que segue as regras pré-estabelecidas, ajudando na execução dos movimentos.
Algumas destas técnicas ensinadas criam uma falsa sensação de segurança que são na verdade suicidas.
Uma boa técnica de defesa pessoal não espera que o adversário colabore com a vítima.
Algumas precisam que a aluna tenha força, ou velocidade ou até mesmo seja uma verdadeira contorcionista para a técnica dar certo.
A verdadeira defesa pessoal deve funcionar em todas as situações.
Muitas ensinam formas elaboradas ou centenas de técnicas diferentes, mas a realidade das ruas prova que não importa quantas técnicas você saiba, mas quantas são realmente efetivas.
Uma boa defesa pessoal utiliza todas as armas disponíveis para equilibrar o combate, inclusive com uso de armas (próprias ou impróprias), que servem como equalizadores, ou seja, nivelam um adversário mais fraco (mulher) ao mais forte (homem).
Outra deficiência no treinamento é basear-se apenas no aspecto físico, deixando de lado o mental e psicológico da aluna. Defesa Pessoal se faz através do conhecimento de como o marginal age, ensinando medidas preventivas para evitar as situações de risco, trabalhando o instinto de sobrevivência e preparando a combatividade da mulher.
A defesa pessoal auxilia a mulher devido:
·         Eleva a qualidade de vida, com a prática de exercícios regulares que melhoram as funções do corpo e aumenta a auto-estima;
·         Contribui para as habilidades físicas propiciando maior força, flexibilidade, coordenação motora, velocidade, agilidade e resistência nas situações de emergência.
·     Melhora o aspecto emocional, proporcionando confiança, autodisciplina e determinação para alcançar objetivos.
 
Características da Violência Física contra a Mulher:
·         Não há regras: um marido violento não se importa em quebrar um braço ou nariz da esposa. A brutalidade registrada em muitos ataques contra a mulher é impressionante.
 ·         A violência é rápida e explosiva: ataques de fúria acontecem sem aviso prévio e muitas vezes por motivos banais ou até mesmo de forma gratuita;
 
·         O Agressor normalmente é maior e mais forte do que você: a agressão é covarde e ficar em silêncio incentiva novas agressões.
 
·         O Agressor agride para imobilizar psicologicamente a vitima: A última coisa que o agressor quer é que reaja, desta forma causar pavor na vítima é uma prática comum entre eles.
Princípios Básicos de Defesa Pessoal:
 
·         Simplicidade: com movimentos intuitivos, obedecendo à mecânica corporal, sendo as técnicas facilmente assimiladas, lembradas;
 
·         Objetividade: significa não ter técnicas desnecessárias, que servem apenas para aumentar o currículo e enganar os praticantes;
 
·         Versatilidade: buscando uma formação completa, conhecendo os riscos, aplicando os procedimentos preventivos evitando ser escolhida como possível alvo pelos marginais; aprendendo sistemas variados de formas de combate e utilização de equalizadores, treinando física, mental e emocionalmente o praticante.
 
·         Efetividade: ser efetivo, significa neutralizar a ameaça, respondendo de forma proporcional a violência aplicada contra o praticante.
Estes princípios refletem o que é considerado uma boa técnica de defesa pessoal. Qualquer arte que ensine movimentos muito difíceis de serem aplicados em uma situação real deve ser descartada.
 
Conheça os Alvos:
Os principais alvos estão localizados na linha central do corpo. Devemos procurar alcançar os alvos mais efetivos, ou seja, que causem maior dor ou desconforto no agressor. Os alvos principais são:
 
·         Alvos Relacionados aos Sentidos: Olhos, Ouvidos, Nariz;
 
·         Alvos Relacionados à Dor: Olhos, Nariz, Testículos;
 
·         Alvos Relacionados à Respiração: Nariz, Traquéia, Plexo Solar;
 
·         Alvos Relacionados à Mobilidade: Coxas, Joelhos, Canelas, Pés.
 
Conheça suas Armas:
 
O corpo todo pode ser uma arma, é importante saber identificar quais alvos são mais efetivos para cada situação.
 
·         Dentes: podem ser utilizados para sair quando a mulher é agarrada
 
·         Dedos e unhas: para empurrar ou rasgar;
 
·         Palma da Mão: para bater de forma contundente, tendo grande efetividade atingindo a região do nariz do agressor;
 
·         Punhos: são bastante efetivos, mas devem ser treinados para evitar lesões quando utilizados;
 
·         Cotovelos e joelhos: são armas poderosas a curta distância;
 
·         Utilize qualquer tipo de arma que estiver disponível para equilibrar o combate:como foi dito anteriormente, na maioria dos casos o agressor é maior e mais forte que a vítima. Uma caneta, uma garrafa ou qualquer outro objeto deve ser utilizado para aumentar suas chances de sobrevivência.
 
Treine em Situações Próximas à Realidade:
 
Lutamos de acordo com o nosso treinamento. A dor é um componente fundamental a ser trabalhado, em condições para preservar a integridade física da aluna, mas propiciando condições realistas para aprender a lidar com o medo e canalizar da forma correta a agressividade para uma reação mais efetiva.
 
Texto Ricardo Nakayama

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