quinta-feira, 28 de março de 2013

5 AÇÕES PARA MINHA ESCOLA FICAR SEGURA!

 
 
FONTE: REVISTA ESCOLA ABRIL
 
1 - CRIAR UM FÓRUM DE SEGURANÇA
 
A primeira ação do gestor que quer agir preventivamente é fazer do tema um objeto permanente de discussão. Se a escola tiver um conselho atuante, o ideal é que ele também funcione como um fórum para debater essa questão ou que alguns membros sejam destacados para cuidar especificamente desse assunto.
 
Caso contrário, é possível convidar representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar (direção, alunos, pais, funcionários, professores, vigilantes) e ainda um integrante do batalhão da Polícia Militar, responsável pela segurança da região, para formar um grupo, cuja função principal é pensar em ações educativas e melhorias na infraestrutura que garantam a segurança interna, bem como em projetos que promovam a cultura de paz.
 
É essa instância também que encaminhará as possíveis soluções aos problemas que aparecerem e manterá contato com os órgãos competentes - Ministério Público, Conselho Tutelar, organizações não governamentais (ONGs) e outras instituições - para que a escola tenha um canal de interlocução em que as queixas da comunidade em relação à segurança sejam colocadas e debatidas.
 
2 - ELABORAR UM MANUAL INTERNO
 
Formado o fórum, é interessante investir na produção e na divulgação de um manual com as regras gerais da escola, o funcionamento das rotinas de segurança e um sumário com telefones úteis (delegacias próximas, assistência social e Vara da Infância e da Juventude).
 
Vale também incluir os trechos mais importantes do Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo o Grupo de Apoio à Segurança Escolar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os delitos mais comuns nas escolas são dano (vandalismo), pichação, porte de arma, uso e tráfico de entorpecentes, lesão corporal, embriaguez, ameaça, corrupção de menores, atentado ao pudor e estupro. "Um protocolo de segurança com a postura a ser adotada em cada tipo de infração é um documento útil para o gestor", aponta Rubim Lemos, promotor de justiça e coordenador do Grupo de Apoio à Segurança Escolar do MPDFT.
 
Faça a leitura e a discussão dele durante as reuniões de pais, do conselho, da Associação de Pais e Mestres e nos horários de formação da equipe.
 
3- MONTAR UMA ESTRUTURA PREVENTIVA
 
"Toda segurança tem de ser voltada para resguardar as pessoas e o patrimônio", afirma Carlos Alberto Reis, pedagogo e consultor em segurança escolar. Para tanto, é essencial que o fórum sugira algumas medidas preventivas, como pedir a professores e funcionários que fiquem atentos aos fatos que fujam da rotina e gerem suspeita.
 
Na entrada da escola, o ideal é que fique sempre a mesma pessoa para que seja capaz de reconhecer os alunos. Em unidades maiores, vale pedir que todos usem crachá ou se identifiquem com a carteira de identidade ou de estudante. Entre os vigias, deve ser organizado um sistema de ronda para que um deles passe regularmente por áreas externas, corredores e locais visados, como o laboratório de informática.
 
Se preciso, é possível solicitar o reforço de funcionários de segurança à Secretaria de Educação. Quando discutida pelo conselho escolar ou pelo fórum de segurança, a instalação de câmeras de vigilância e alarmes é benéfica, desde que fiquem expostas e toda a comunidade tenha ciência de seu uso. "A segurança deve ser encarada como um investimento, pois representa uma economia de custos, já que se evitam depredações e roubos", aconselha Reis.
 
4- ESTABELECER PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES
 
É função dos gestores também colaborar e manter contato com as corporações policiais e outras instituições de segurança pública. Apresente os policiais responsáveis pela ronda na região da escola a alunos, funcionários e pais - eventualmente, e somente com a autorização do diretor, eles poderão realizar operações dentro e no entorno da escola.
 
As promotorias de Infância e Juventude dos Ministérios Públicos e os Conselhos Tutelares são parceiros na orientação e no encaminhamento de menores infratores. Para as Polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros, o gestor pode solicitar palestras e distribuição de materiais que abordem, por exemplo, a prevenção ao uso de drogas.
 
Por fim, a própria Secretaria de Educação pode ser acionada, quando necessário, para providenciar verbas para a construção de muros ou a compra de equipamentos de segurança e iluminação.
 
5- REGISTRAR E CONDUZIR CASOS DE FURTO E VANDALISMO
 
Em alguns casos, atos de vandalismo e furtos são praticados por um ou mais alunos da escola. Quando isso acontece, os vigias não podem colocá-los em situações constrangedoras, ainda que sejam pegos em flagrante.
 
"Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, os menores que cometem infração devem ser levados à direção sem violência nem estardalhaço e, depois, encaminhados preferencialmente para a delegacia de proteção à criança e ao adolescente", afirma Carlos Alberto Reis.
 
É fundamental que os crimes e os atos infracionais que ocorram na unidade sejam registrados. "A polícia só pode investigar o que está em boletim de ocorrência. Muitos delitos que acontecem nas escolas ficam sem solução porque os gestores não denunciam", diz Rubim Lemos.
 
 
 
 

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