Fonte: DENATRAN
Direção Defensiva -
Parte 3
Veremos nesta 3
parte:
A) Como conduzir
durante a chuva
B) Como reagir
durante uma Aquaplanagem e Hidroplanagem
C) Como guiar sobre
neblina ou cerração
D) O perigo de vento
forte
E) Fumaça e queimadas
na visibilidade
F) Como se proteger
da Luz Natural e Artificial
G) Outras regras
gerais e importantes
A - Chuva
A chuva reduz a
visibilidade de todos, deixa a pista molhada e escorregadia e pode criar poças
de água se o piso da pista for irregular, não tiver inclinação favorável ao
escoamento de água, ou se estiver com buracos.
É bom ficar alerta
desde o início da chuva, quando a pista, geralmente, fica mais escorregadia,
devido à presença de óleo, areia ou impurezas.
E, tomar ainda mais
cuidado, no caso de chuvas intensas, quando a visibilidade é ainda mais
reduzida e a pista é recoberta por uma lâmina de água podendo aparecer muito
mais poças.
Nesta situação,
redobre sua atenção, acione a luz baixa do farol, aumente a distância do veículo
à sua frente e reduza a velocidade até sentir conforto e segurança. Evite pisar
no freio de maneira brusca, para não travar as rodas e não deixar o veículo
derrapar, pela perda de aderência. Se o seu veículo tem freios ABS (que não
deixa travar as rodas), aplique a força no pedal mantendo-o pressionado até o
seu controle total.
No caso de chuvas de
granizo (chuva de pedra), o melhor a fazer é parar o veículo em local seguro e
aguardar o seu fim. Ela não dura muito nestas circunstâncias.
Ter os limpadores de para-brisa
sempre em bom estado, o desembaçador e o sistema de sinalização do veículo
funcionando perfeitamente aumentam as suas condições de segurança e o seu
conforto nestas ocasiões.
O estado de
conservação dos pneus e a profundidade dos seus sulcos são muito importantes
para evitar a perda de aderência na chuva.
B - Aquaplanagem ou
hidroplanagem
Com água na pista,
pode ocorrer a aquaplanagem, que é a perda da aderência do pneu com o solo. É
quando o veículo flutua na água e você perde totalmente o controle sobre ele. A
aquaplanagem pode acontecer com qualquer tipo de veículo e em qualquer piso.
Para evitar esta
situação de perigo, você deve observar com atenção a presença de poças de água
sobre a pista, mesmo não havendo chuva, e reduzir a velocidade utilizando os
freios, antes de entrar na região empoçada. Na chuva, aumenta a possibilidade
de perda de aderência. Neste caso, reduza a velocidade e aumente a distância do
veículo à sua frente.
Quando o veículo
estiver sobre poças de água, não é recomendável a utilização dos freios. Segure
a direção com força para manter o controle de seu veículo.
O estado de
conservação dos pneus e a profundidade de seus sulcos são igualmente
importantes para evitar a perda de aderência.
C - Neblina ou
cerração
Sob neblina ou
cerração, você deve imediatamente acender a luz baixa do farol (e o farol de
neblina se tiver), aumentar a distância do veículo à sua frente e reduzir a sua
velocidade, até sentir mais segurança e conforto. Não use o farol alto porque
ele reflete a luz nas partículas de água, e reduz ainda mais a visibilidade.
Lembre-se que nestas
condições o pavimento fica úmido e escorregadio, reduzindo a aderência dos
pneus.
Caso sinta muita
dificuldade em continuar trafegando, pare em local seguro, como um posto de
abastecimento. Em virtude da pouca visibilidade, na neblina, geralmente não é
seguro parar no acostamento. Use o acostamento somente em caso extremo e de
emergência e utilize, nestes casos, o pisca alerta.
D - Vento
Ventos muito fortes,
ao atingir seu veículo em movimento, podem deslocá-lo ocasionando a perda de
estabilidade e o descontrole, que podem ser causa de colisões com outros veículos
ou mesmo capotamentos.
Há trechos de
rodovias onde são freqüentes os ventos fortes. Acostume-se a observar o movimento
da vegetação às margens da via. É uma boa orientação para identificar a força
do vento. Em alguns casos, estes trechos encontram- se sinalizados. Notando movimentos
fortes da vegetação ou vendo a sinalização correspondente, reduza a velocidade
para não ser surpreendido e para manter a estabilidade.
Os ventos também
podem ser gerados pelo deslocamento de ar de outros veículos maiores em
velocidade, no mesmo sentido ou no sentido contrário de tráfego ou até mesmo na
saída de túneis. A velocidade deverá ser reduzida, adequando-se a marcha do
motor para diminuir a probabilidade de desestabilização do veículo.
E - Fumaça
proveniente de queimadas
A fumaça produzida
pelas queimadas nos terrenos à margem da via provoca redução da visibilidade.
Além disso, a fuligem proveniente da queimada pode reduzir a aderência do piso.
Nos casos de
queimadas, redobre sua atenção e reduza a velocidade. Ligue a luz baixa do
farol e, depois que entrar na fumaça, não pare o veículo na pista, já que com a
falta de visibilidade, os outros motoristas podem não vê-lo parado na pista.
F - Condição de luz
A falta ou o excesso
de luminosidade podem aumentar os riscos no trânsito. Ver e ser visto é uma
regra básica para a direção segura.
Confira como agir:
Farol Alto ou Farol
Baixo Desregulado
Quando ficamos de
frente a um farol alto ou um farol desregulado, perdemos momentaneamente a
visão (ofuscamento).
Nesta situação,
procure desviar sua visão para uma referência na faixa à direita da pista.
Quando a luz do farol
do veículo que vem atrás refletir no retrovisor interno, ajuste-o para desviar
o facho de luz. A maioria dos veículos tem este dispositivo. Verifique o manual
do proprietário.
Recomenda-se o uso da
luz baixa do veículo, mesmo durante o dia, nas rodovias. No caso das
motocicletas, ciclomotores e do transporte coletivo de passageiros, estes
últimos quando trafegarem em faixa própria, o uso da luz baixa do farol é
obrigatória.
Penumbra (ausência de
luz)
A penumbra
(lusco-fusco), é uma ocorrência frequente na passagem do final da tarde para o
início da noite ou do final da madrugada para o nascer do dia ou ainda, quando
o céu está nublado ou se chove com intensidade.
Sob estas condições,
tão importante quanto ver, é também ser visto. Ao menor sinal de iluminação
precária acenda o farol baixo.
Inclinação da Luz
Solar
No início da manhã ou
no final da tarde, a luz do sol “bate na cara”.
O sol, devido à sua
inclinação, pode causar ofuscamento, reduzindo sua visão. Nem é preciso dizer que
isso representa perigo de acidentes. Procure programar sua viagem para evitar
estas condições.
O ofuscamento pode
acontecer também pelo reflexo do sol em alguns objetos polidos, como garrafas,
latas ou para-brisas.
Em todas estas
condições, reduza a velocidade do veículo, utilize o quebra-sol (pala de
proteção interna) ou até mesmo um óculos protetor (óculos de sol) e procure
observar uma referência do lado direito da pista.
O ofuscamento também
poderá acontecer com os motoristas que vêm em sentido contrário, quando são
eles que têm o sol pela frente. Neste caso, redobre sua atenção, reduza a
velocidade para seu maior conforto e segurança e acenda o farol baixo para garantir que você seja visto
por eles.
Nos cruzamentos com
semáforos, o sol, ao incidir contra os focos luminosos, pode impedir que você
identifique corretamente a sinalização. Nestes casos, reduza a velocidade e
redobre a atenção, até que tenha certeza da indicação do semáforo.
Antes de colocar seu
veículo em movimento, verifique as condições de funcionamento dos equipamentos
de uso obrigatório, como cintos de segurança, encosto de cabeça, extintor de
incêndio, triângulo de segurança, pneu sobressalente, limpador de para-brisa, sistema
de iluminação e buzina, além de observar se o combustível é suficiente para
chegar ao seu local de destino.
Tenha, a todo o
momento, domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e com os cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.
G - OUTRAS REGRAS GERAIS E IMPORTANTES
Aguarde uma
oportunidade segura e permitida pela sinalização para fazer uma ultrapassagem, quando
estiver dirigindo em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos
trechos em curvas e em aclives.
Não ultrapasse
veículos em pontes, viadutos e nas travessias de pedestres, exceto se houver
sinalização que permita.
Numa rodovia, para
fazer uma conversão à esquerda ou um retorno, aguarde uma oportunidade segura
no acostamento. Nas rodovias sem acostamento, siga a sinalização indicativa de permissão.
Mantenha uma
distância segura do veículo da frente. Uma boa distância permite que você tenha
tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situação de emergência e haja
tempo também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir.
Em condições normais
da pista e do clima, o tempo necessário para manter a distância segura é de,
aproximadamente, dois segundos.
Existe uma regra
simples – regra dos dois segundos – que pode ajudar você a manter a distância
segura do veículo da frente:
1. Escolha um ponto
fixo à margem da via;
2. Quando o veículo
que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar;
3. Conte dois
segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis palavras em sequencia “cinquenta
e um, cinquenta e dois”.
4. A distância entre
o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo passar pelo
ponto fixo após a contagem de dois segundos.
5. Caso contrário,
reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a distância
segura.
Para veículos com
mais de 6 metros de comprimento ou sob chuva, aumente o tempo de contagem: “cinquenta
e um, cinquenta e dois, cinquenta e três”.
Finalizando
■ Regule
e faça a manutenção periódica do seu motor;
■ Calibre
periodicamente os pneus;
■ Não
carregue excesso de peso;
■ Troque
de marcha na rotação correta do motor;
■ Evite
reduções constantes de marcha, acelerações bruscas e freadas excessivas;
■ Desligue
o motor numa parada prolongada;
■ Não
acelere quando o veículo estiver em ponto morto ou parado no trânsito;
■ Mantenha
o escapamento e o silencioso em boas condições;
■ Faça
a manutenção periódica do equipamento destinado a reduzir os poluentes – catalisador
(nos veículos em que é previsto).
■ Mantenha
sempre sacos de lixo dentro do veículo. Não jogue lixo na via, nos terrenos
baldios ou na vegetação à margem das rodovias;
■ Entulhos
devem ser transportados para locais próprios. Não jogue entulho nas vias e suas
margens;
■ Em
caso de acidente com transporte de produtos perigosos (químicos, inflamáveis,
tóxicos), procure isolar a área e impedir que eles atinjam rios, mananciais e a
flora;
■ Faça
a manutenção, conservação e limpeza do veículo em local próprio. Não derrame
óleo ou descarte materiais na via e nos espaços públicos;
■ Ao
observar situações que agridam a natureza, sujem os espaços públicos ou que
também possam causar riscos para o trânsito, solicite ou colabore na sua remoção
ou limpeza.
■ O
espaço público é de todos, faça a sua parte mantendo-o limpo e conservado.
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