Fonte: DENATRAN
Direção Defensiva -
Parte 2
Veremos nesta 2
parte:
A) A velocidade
correta ao dirigir
B) Como fazer curvas
C) Como andar em declives
D) Como ultrapassar
corretamente
E) Como agir quando
houver estreitamento de pista
F) Como usar o
acostamento de uma via
G) Atentar às
condições do piso da pista de rolagem
H) O que fazer em
trechos escorregadios
A - Fixação da
Velocidade
Você tem a obrigação
de dirigir numa velocidade compatível com as condições da via, respeitando os
limites de velocidade estabelecidos.
Embora os limites de
velocidade sejam os que estão nas placas de sinalização, há determinadas
circunstâncias momentâneas nas condições da via – tráfego, condições do tempo, obstáculos,
aglomeração de pessoas – que exigem que você reduza a velocidade e redobre sua
atenção, para dirigir com segurança.
Quanto maior a
velocidade, maior é o risco e mais graves
são os acidentes e maior a possibilidade de morte no trânsito.
O tempo que se ganha
utilizando uma velocidade mais elevada não compensa os riscos e o
estresse.
Por exemplo, a 80
quilômetros por hora você percorre uma distância de 50 quilômetros em 37 minutos
e a 100 quilômetros por hora você vai demorar 30 minutos para percorrer a mesma
distância.
B - Curvas
Ao fazermos uma
curva, sentimos o efeito da força centrífuga, a força que nos “joga” para fora
da curva e exige um certo esforço para não deixar o veículo sair da trajetória.
Quanto maior a velocidade,
mais sentimos essa força. Ela pode chegar ao ponto de tirar o veículo de
controle, provocando um capotamento ou a travessia na pista, com colisão com
outros veículos ou atropelamento de pedestres e ciclistas.
A velocidade máxima
permitida numa curva leva em consideração aspectos geométricos de construção da
via. Para sua segurança e conforto, acredite na sinalização e adote os
seguintes procedimentos:
Diminua a velocidade,
com antecedência, usando o freio e, se necessário, reduza a marcha, antes de
entrar na curva e de iniciar o
movimento do volante;
Comece a fazer a
curva com movimentos suaves e contínuos no volante, acelerando gradativamente e
respeitando a velocidade máxima permitida. À medida que a curva for terminando,
retorne o volante à posição inicial, também com movimentos suaves;
Procure fazer a
curva, movimentando o menos que puder o volante, evitando movimentos bruscos e oscilações
na direção.
C - Declives
Você percebe que à
frente tem um declive acentuado: antes que a descida comece, teste os freios e
mantenha o câmbio engatado numa marcha reduzida durante a descida.
Nunca desça com o
veículo desengrenado. Porque, em caso de necessidade, você não vai ter a força
do motor para ajudar a parar ou a reduzir a velocidade e os freios podem não ser
suficientes.
Não desligue o motor
nas descidas. Com ele desligado, os freios não funcionam adequadamente, e o
veículo pode atingir velocidades descontroladas. Além disso, a direção poderá
travar, se você desligar o motor.
D - Ultrapassagem
Onde há sinalização
proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a representação da
lei e foi implantada por pessoal técnico que já calculou que naquele trecho não
é possível a ultrapassagem, porque há perigo de acidente.
Nos trechos onde
houver sinalização permitindo a ultrapassagem, ou onde não houver qualquer tipo
de sinalização, só ultrapasse se a faixa do sentido contrário de fluxo estiver
livre e, mesmo assim, só tome a decisão considerando a potência do seu veículo
e a velocidade do veículo que vai à frente.
Nas subidas só
ultrapasse quando já estiver disponível a terceira faixa, destinada a veículos
lentos. Não existindo esta faixa, siga as mesmas orientações anteriores, mas
considere que a potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista
plana.
Para ultrapassar,
acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma distância segura do veículo à
sua frente e só retorne à faixa normal de tráfego quando puder enxergar o
veículo ultrapassado pelo retrovisor.
Nos declives, as
velocidades de todos os veículos são muito maiores. Para ultrapassar, tome
cuidado adicional com a velocidade necessária para a ultrapassagem. Lembre-se
que você não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da via.
Outros veículos podem
querer ultrapassá-lo. Não dificulte a ultrapassagem, mantendo a velocidade do
seu veículo ou até mesmo reduzindo-a ligeiramente.
E - Estreitamento de
pista
Qualquer
estreitamento de pista aumenta riscos. Pontes estreitas ou sem acostamento,
obras, desmoronamento de barreiras, presença de objetos na pista, por exemplo,
provocam estreitamentos.
Assim que você enxergar
a sinalização ou perceber o estreitamento, redobre sua atenção, reduza a
velocidade e a marcha e, quando for possível a passagem de apenas um veículo
por vez, aguarde o momento oportuno, alternando a passagem com os outros veículos
que vêm em sentido oposto.
Não tenha pressa.
Aguarde uma condição permitida e segura para fazer a ultrapassagem.
F - Acostamento
É uma parte da via,
mas diferenciada da pista de rolamento, destinada à parada ou estacionamento de
veículos em situação de emergência, à circulação de pedestres e de bicicletas,
neste último caso, quando não houver local apropriado.
É proibido trafegar com
veículos automotores no acostamento, pois isso pode causar acidentes com outros
veículos parados ou atropelamentos de pedestres ou de ciclistas.
Pode ocorrer em
trechos da via um desnivelamento do acostamento em relação à pista de
rolamento, um “degrau” entre um e outro.
Nestes casos, você
deve redobrar sua atenção. Concentre-se no alinhamento da via e permaneça a uma
distância segura do seu limite, evitando que as rodas caiam no acostamento e
isso possa causar um descontrole do veículo.
Se precisar parar no
acostamento, procure um local onde não haja desnível ou ele esteja reduzido. Se
for extremamente necessário parar, primeiro reduza a velocidade, o mais
suavemente possível para não causar acidente com os veículos que venham atrás e
sinalize com a seta. Após parar o veículo, sinalize com o triângulo de
segurança e o pisca alerta.
G - Condições do piso
da pista de rolamento
Ondulações, buracos,
elevações, inclinações ou alterações do tipo de piso podem desestabilizar o
veículo e provocar a perda do controle.
Passar por buracos,
depressões ou lombadas pode causar desequilíbrio em seu veículo, danificar
componentes ou ainda fazer você perder a dirigibilidade. Ainda você pode
agravar o problema se usar incorretamente os freios ou se fizer um movimento
brusco com a direção.
Ao perceber
antecipadamente estas ocorrências na pista, reduza a velocidade, usando os
freios. Mas, evite acioná-los durante a passagem pelos buracos,depressões e
lombadas, porque isso vai aumentar o desequilíbrio de todo o conjunto.
É proibido e perigoso
trafegar pelo acostamento. Ele se destina a paradas de emergência e ao tráfego
de pedestres e ciclistas.
H - Trechos
escorregadios
O atrito do pneu com
o solo é reduzido pela presença de água, óleo, barro, areia ou outros líquidos ou
materiais na pista e essa perda de aderência pode causar derrapagens e
descontrole do veículo.
Fique sempre atento
ao estado do pavimento da via e procure adequar sua velocidade a essa situação.
Evite mudanças abruptas de velocidade e frenagens bruscas, que tornam mais
difícil o controle do veículo nessas condições.
Algumas condições
climáticas e naturais afetam as condições de segurança do trânsito. Sob estas
condições, você deverá adotar atitudes que garantam a sua segurança e a dos demais
usuários da via.
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